Lista de sugestões de filmes interessantes. Cada postagem traz foto, breve sinopse, censura, diretor, distribuidora, elenco, responsáveis pelo roteiro, musica e fotografia. Com o eterno deslumbramento de fã apaixonada, By Star Filmes acredita que o cinema emociona, ensina e é a melhor diversão.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Decálogo

Dekalog * *
(1989) 574 min (16 anos) feito para TV

Polonia - Dez curtas de aproximadamente 50 minutos, contando histórias sobre os sentimentos, dramas familiares e conflitos morais de moradores de um condomínio de apartamentos em Varsóvia. Realizado para a televisão polonesa, vagamente inspirado nos dez mandamentos, foi vencedor do Prêmio da Crítica Internacional no Festival de Cinema de Veneza. O diretor Krzysztof Kieslowski escolheu 9 diferentes diretores de fotografia e deixou-os trabalhar à vontade, para permitir uma diversidade estética dentro do mesmo universo.  Os episódios 3 e 9 ficaram aos cuidados do mesmo diretor de fotografia (Piotr Sobocinski). Decálogo é uma obra imperdível para quem ama o cinema.

Em oito dos episódios, surge um mesmo personagem misterioso, interpretado por Artur Barcis. Ele apenas observa, sem intervir nos acontecimentos. Na primeira história, aparece como o homem sentado perto do fogo, à beira do lago. Procurá-lo nos outros segmentos é como brincar de "onde está Wally". Não está presente nos capítulos 7 e 10. (Wikipedia)

De acordo com o site IMDB, Stanley Kubrick considerava Decálogo uma obra-prima, provavelmente a melhor já feita para a televisão. Essa produção de Kieslowski foi admirada pelo crítico Roger Ebert e está na lista de filmes indicados pelo Vaticano, na categoria Valores. (Canção Nova)

Artur Barcis (Philmosophy)


Diretor: Krzysztof Kieslowski
Roteiro: Krzysztof Kieslowski, Krzysztof Piesiewicz
Musica: Zbigniew Preisner
Fotografia: Witold Adamek, Jacek Blawut, Slawomir Idziak, Andrzej Jaroszewicz, Edward Klosinski, Dariusz Kuc, Krzysztof Pakulski, Piotr Sobocinski, Wieslaw Zdort
Elenco: Henryk Baranowski, Krystyna Janda, Aleksander Bardini, Daniel Olbrychski, Janusz Gajos, Miroslaw Baka, Grazyna Szapolowska, Olaf Lubaszenko, Maja Barelkowska, Maria Koscialkowska, Teresa Marczewska, Ewa Blasczyk, Piotr Machalica, Jerzy Stuhr, Zbigniew Zamachowski, Artur Barcis 
Diretora de Arte: Halina Dobrowolska
Distribuidora: Versatil Home Video

sexta-feira, 23 de março de 2012

Jane Eyre

Jane Eyre * * *
(2011) 120 min (12 anos)

Inglaterra - Uma porta estreita se abre vagarosamente para o verde do jardim. A moça de pele clara e rosto sério olha para trás, observando o aposento escuro, e sai apressadamente. Caminha por entre a relva, moitas e pedras, atravessa "campos, e cercas, e prados, até depois do sol despontar". O cabelo preso em desalinho, uma capa cinzenta sobre o vestido modesto, um lenço ao pescoço, poucos pertences e infinita tristeza são a bagagem de Jane Eyre.

A jovem preceptora está só neste mundo, tendo a natureza como lar. Seus passos são incertos, não tem para onde ir. Procura se afastar de Thornfield Hall, a mansão do sr. Rochester, onde um dia foi feliz.  A chuva a surpreende no caminho. Faminta, exausta, depauperada, Jane pensa morrer, quando desfalece à porta da casa da família Rivers.

O filme começa lá pelo meio do livro, numa cena adequada para enfatizar a solidão da personagem. Órfã cedo, maltratada pelos parentes que deveriam ter cuidado dela, Jane Eyre começava a se sentir respeitada e amada no seu primeiro emprego, quando o destino lhe desferiu mais um golpe.

O diretor Cary Fukunaga conseguiu ser fiel à paixão e sentimentos presentes na obra de Charlotte Brontë. A produção é bonita, pensada e cheia de escolhas felizes. Imagine-se o susto que o jovem diretor americano levou ao ser informado de que teria Judi Dench como a sra. Fairfax, governanta de Thornfield Hall. Para o seu bem, parece que a dama inglesa é muito gentil e nada intimidadora na vida real. Mia Wasikowska e Michael Fassbender incorporaram Jane Eyre e Edward Rochester de corpo e alma.

Curiosidades:
* Para ajudar a criar a atmosfera gótica presente no filme, muitas cenas foram iluminadas apenas pelo fogo da lareira ou luz de velas. Isso aumentou o trabalho de Julian Bucknall, assistente de câmera, que precisava ajustar o foco (numa lente com abertura 1.4) a todo instante.

* A maior parte do filme foi rodado no condado de Derbyshire, perto de onde viveram as irmãs Brontë. Locações esplêndidas em muito contribuíram para a recriação do mundo de Jane Eyre. A charneca (moor) por onde ela perambula logo no início é Stanage Edge, Hathersage. As mansões são um esplendor à parte: Thornfield na verdade é Haddon Hall, propriedade do século XII onde também foram filmados A Princesa Prometida e Orgulho e Preconceito (2005) (Mais informações no blog reelscout)

* A mansão da sra. Reed, a malvada tia de Jane, é Wrotham Park, que fica a meia hora do centro de Londres - a mesma propriedade onde Robert Altman gravou Assassinato em Gosford Park. Sally Hawkins está irreconhecível e magnífica como sra. Reed.
Diretor: Cary Joji Fukunaga
Roteiro: Moira Buffini, baseado no romance Jane Eyre, de Charlotte Brontë
Musica: Dario Marianelli
Cenografia: Will Hughes-Jones
Figurino: Michael O'Connor
Fotografia: Adriano Goldman (Cidade dos Homens e O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias)
Elenco: Mia Wasikowska, Michael Fassbender, Judi Dench, Jamie Bell, Amelia Clarkson, Sally Hawkins, Romy Settbon Moore, Valentina Cervi, Simon McBurney
Distribuidora: Universal

quinta-feira, 22 de março de 2012

A Pele que Habito

La Piel que Habito * *
(2011) 120 min (16 anos)

Espanha, Toledo - O bem-sucedido cirurgião plástico Robert Ledgard mora em El Cigarral. A elegante propriedade tem uma decoração clean nos ambientes internos - que incluem sala de cirurgia e laboratório - mesclada com paredes de tijolo aparente. O exterior da quinta do século XV é rústico, rodeado de belo jardim.

Desde que a esposa do dr. Robert queimou-se num acidente de automóvel, o cirurgião plástico pesquisava uma pele mais resistente que pudesse salvá-la. Quando surge a oportunidade, o inescrupuloso médico não hesita em testar sua descoberta num ser humano. Com a ajuda de Marília, mulher que o criou desde o nascimento, Robert mantem sua cobaia isolada do mundo.

Antonio Banderas dá medo como dr. Legrand. Ele pode ser muito sinistro. Mas o mérito pelo impacto de A Pele que Habito é mesmo de Pedro Almodovar. Unindo cenografia, música, edição e fotografia perfeitas, o diretor consegue fazer voar os 120 minutos do filme num clima de tensão constante, sem sustos ou gritos. Não é uma história que se queira rever muitas vezes, mas é inesquecível.


La Quinta de Mirabel
Curiosidades: 
* O homem que aparece na butique feminina, querendo vender as roupas de sua mulher, é Agustín Almodóvar, produtor do filme e irmão do diretor Pedro Almodóvar

* As filmagens de A Pele que Habito incluem locações no Pazo de Oca (festa na casa de Doña Casilda) e na casa-palácio La Quinta de Maribel, que funcionou como El Cigarral, a residência do dr. Robert Ledgard.

* A música brasileira está presente na trilha sonora com a canção Pelo Amor de Amar, interpretada pela cantora espanhola Concha Buika. Também é brasileiro o médico, além de outros personagens, uma inspiração do diretor por nossa tradição na cirurgia plástica. Um quadro de Tarsila do Amaral, Paisagem com Ponte, aparece na casa do dr. Robert. (Wikipedia)

* O dr. Ledgard batiza a nova pele de GAL, o mesmo nome de sua esposa. Gal é uma abreviação de Galatea. Na mitologia romana era uma estátua esculpida pelo talentoso Pigmaleão. A estátua ficou tão perfeita que o escultor apaixonou-se por ela e Vênus permitiu que ganhasse vida. (IMDB)

Diretor: Pedro Almodóvar
Roteiro: Pedro Almodóvar e Agustín Almodóvar, baseado no livro Mygale, de Thierry Jonquet
Musica: Alberto Iglesias
Fotografia: José Luis Alcaine
Diretor de Arte: Carlos Bodelón
Desenho de Produção: Antxón Gómez
Elenco: Antonio Banderas, Elena Anaya, Marisa Paredes, Jan Cornet, Roberto Álamo
Distribuidora: Paris Filmes

quarta-feira, 21 de março de 2012

Inquietos

Restless *
(2011) 91 min (12 anos)

EUA - Enoch Brae está obcecado pela morte. O jovem desenha com giz o contorno de seu corpo no asfalto e frequenta funerais de pessoas desconhecidas. Desde que os pais morreram num acidente, só quem escuta suas confidências é Hiroshi Takahashi, um piloto kamikaze imaginário. Por mais que a esforçada tia Mabel tente se comunicar, continua sendo mantida à distância e não consegue estabelecer um vínculo com o amargurado sobrinho. 

Pois Enoch tem uma surpresa ao comparecer ao que poderia ser apenas mais uma cerimônia fúnebre em sua existência sombria. Ali é  notado por uma jovem gentil, que sorri para ele e se aproxima com simplicidade. Enoch foge, evitando qualquer conversa, mas a charmosa Annabel, admiradora de Darwin e da natureza, é irresistível. Seu encanto com as coisas simples despertam Enoch para pequenos prazeres e fazem nascer um afeto verdadeiro entre eles, do tipo que dá sentido à vida, ainda que breve.

Diretor: Gus Van Sant
Roteiro: Jason Lew
Musica: Danny Elfman
Fotografia: Harris Savides
Elenco: Mia Wasikowska, Dennis Hopper, Ryo Kase, Jane Adams, Schuyler Fisk, Lusia Strus
Distribuidora: Sony Pictures Home

sábado, 17 de março de 2012

Vênus Negra

Vénus Noire
(2010) 165 min (16 anos)

Bede News
Século XIX - Saartjie Baartman deixou a Cidade do Cabo com o patrão Hendrick Caezar, para tentar a sorte na Europa. Sob o pretexto de oferecer à jovem uma carreira artística, o fazendeiro leva-a a expor seu corpo para a audiência dos shows de horrores na Inglaterra. Saartjie apresentava-se usando um colante cor da pele e alguns adereços de contas, ressaltando as nádegas avantajadas. Caezar incentivava as pessoas da platéia a tocarem a jovem para se certificarem de que era tudo real.

Livre e escravizada ao mesmo tempo, exibida para deleite de platéias pobres e ricas, além da curiosidade dos homens da ciência, a "Vénus Hottentote" tornou-se um ícone dos miseráveis, destinada a ser sacrificada na busca de um fio de esperança na prosperidade. (adaptação da capa do DVD)

A história das humilhações sofridas por Saartjie "Sarah" Baartman é muito triste. Assisti em capítulos, interrompendo o filme a cada uma das vezes em que uma cena constrangedora se tornava insuportável. Se a mulher africana afogava as mágoas no álcool, eu saía para espairecer. Levei 2 dias para ver o filme, mas preferi fugir das lágrimas, dos quais não escapou certo conhecido meu, mais corajoso.

Saartjie queria cantar, dançar, fazer música, mas os homens que a exploravam preferiam apresentá-la como selvagem, oferecendo seu corpo como mercadoria. Incapaz de escolher melhor destino, cansada e doente, a africana sofreu na alma a cegueira das pessoas em relação a seus verdadeiros talentos. A tragédia de Saartjie incluiu solidão, vocação desperdiçada, exploração, preconceito, manipulação, humilhação e machismo. O filme é forte porque as interpretações e recriação dos ambientes são muito convincentes. Há uma cena de mau gosto num salão francês, desnecessáriamente longa.

Nos créditos finais, mostram-se imagens de arquivo com o repatriamento dos restos mortais de Saartjie, em 9 de agosto de 2002. Foi saudada com cantos, danças, muita alegria e respeito na sua terra natal. O presidente da África do Sul discursou para Saartjie "Sarah" Baartman: "Não podemos desfazer o mal que ela sofreu. Mas podemos ter coragem de falar a verdade nua e crua, para que isso a conforte, onde quer que ela esteja..." Foi aí que não resisti e chorei.

Diretor: Abdellatif Kechiche
Roteiro: Abdellatif Kechiche e Ghalya Lacroix
Musica: Slaheddine Kechiche
Fotografia: Lubomir Bakchev
Elenco: Yahima Torres, Andre Jacobs, Olivier Gourmet, Elina Löwensohn, François Marthouret, Michel Gionti, Jonathan Pienaar, Jean-Christophe Bouvet, Jean-Jacques Moreau
Distribuidora: Imovision

segunda-feira, 12 de março de 2012

O Fantasma da Ópera no Royal Albert Hall

The Phantom of The Opera at The Royal Albert Hall * *
(2011) 159 min (14 anos)

França, 1911 - A platéia está lotada quando o leiloeiro começa a oferecer lotes do acervo da Ópera Popular: o cartaz de Hannibal, de Chalumeau, o enorme candelabro central e uma caixa de música de papier marchê, onde um macaco vestido com robe persa toca dois pratos, depois arrematada pelo Visconde de Chagny. O idoso aristocrata lembra das palavras de Christine Daaé sobre o objeto, assim como do genial compositor que vivia recluso nos subterrâneos da Ópera de Paris. Deformado, cobria as cicatrizes do rosto com meia máscara de porcelana branca e assombrava o teatro, causando acidentes.

Toda companhia temia aquele que chamavam de Fantasma da Ópera. Aproveitando-se da fama, o torturado músico exigia da direção da casa um pagamento mensal e o camarote 5 sempre vazio. Apaixonado por Christine, na época uma das moças do coro, o Fantasma a treinara secretamente para substituir a cantora principal, uma senhorita gorducha e impertinente. Mas o desafortunado músico se enfureceu quando a pupila encontrou o Visconde de Chagny e descobriu que o patrono da Ópera era Raoul, seu amigo de infância. Renasce entre eles amizade e paixão.

Cameron Mackintosh produziu esse show deslumbrante no Royal Albert Hall para comemorar os 25 anos de apresentações contínuas do Fantasma da Ópera (desde 9 de outubro de 1986). Em vez dos costumeiros 40 artistas do elenco, sobem ao palco, além da orquestra, 148 cantores e dançarinos, com destaque para o acrobático Sergei Polunin como o mestre dos escravos da ópera Hannibal. Os figurinos elegantes e coloridos são de Maria Björnson. Apesar de um pouquinho longo, as músicas de Andrew Lloyd Webber mantêm a força que nos conduz ao final. Mas minha parte favorita são os 30 minutos finais da produção, quando já acabou o musical.

Nessa meia hora, Andrew Lloyd Weber se apresenta, lembrando do fascínio que sentiu quando foi levado pela mãe pela primeira vez ao Royal Albert Hall, tinha apenas 5 anos. Sequer poderia imaginar que mais tarde sua música seria tocada naquela sala de concertos. Depois o compositor apresenta o elenco original inglês, incluindo os cinco Fantasmas anteriores. Quatro deles cantam com Sarah Brightman (a primeira Christine). Ramin Karimloo, o atual Fantasma, faz uma gentil homenagem a Michael Crawford, o primeiríssimo parceiro de Sarah. Tudo muito bonito e simpático, mas, para mim, sedutor mesmo foi Gerard Butler como o Fantasma da Ópera do cinema (2004), dirigido por Joel Schumacher; deve ter deixado Christine Daaé cheia de dúvidas.

Royal Albert Hall
Diretor:  Laurence Connor, Nick Morris (para o DVD)
Roteiro: Richard Stilgoe e Andrew Lloyd Weber, baseado no romance Le Fantôme de l'Opéra, de Gaston Leroux
Musica: Andrew Lloyd Weber, letras de Charles Hart e Richard Stilgoe
Coreografia: Gillian Lynne
Cenografia: Matt Kinley, inspirado nos desenhos originais de Maria Björnson
Iluminação: Andrew Bridge e Patrick Woodroffe
Elenco: Ramin Karimloo, Sierra Boggess, Hadley Fraser, Wendy Ferguson, Barry James, Gareth Snook, Liz Robertson, Wynne Evans, Sergei Polunin e mais, Sarah Brightman, Peter Jöback, John Owen-Jones, Anthony Warlow, Colm Wilkinson, Michael Crawford
Distribuidora: Universal

domingo, 11 de março de 2012

A Casa dos Sonhos

Dream House
(2011) 91 min (14 anos)

EUA - O editor Will Atenton deixa o emprego na cidade grande  para dedicar mais tempo à esposa Libby e às filhas Trish e Dee Dee. O pessoal da empresa faz uma calorosa despedida e Will parte para uma cidadezinha ao encontro de uma vida nova, com o projeto de escrever um livro.

A carinhosa Libby fica feliz ao perceber que o marido conseguiu desligar-se de um trabalho obsessivo e as meninas respondem com alegria à chegada do pai. Logo, esse clima de lar acolhedor é perturbado por fatos novos. Dee Dee vê um homem estranho olhando pela janela da casa e todos ficam assustados. Posteriormente, Will testemunha o desentendimento entre a vizinha Ann Patterson e o ex-marido. Com o passar dos dias, vai ficando evidente que a residência dos Attenton foi palco de uma tragédia. Ao investigar o passado, Will sente-se sugado para dentro de um pesadelo.

A Casa dos Sonhos reune um ótimo elenco numa história de suspense com alguns bons momentos, mas o resultado final desagradou tanto ao diretor quanto aos atores principais. Jim Sheridan, Daniel Craig e Rachel Weisz não fizeram a divulgação do filme. Rachel e Daniel apaixonaram-se durante as gravações e hoje vivem juntos. Segundo Craig, ter encontrado sua esposa foi a compensação pelo resultado final desfavorável dessa produção. Mas, numa época de poucos lançamentos interessantes nas locadoras, esse até que distraiu.




Diretor: Jim Sheridan
Roteiro: David Loucka
Musica: John Debney
Fotografia: Caleb Deschanel
Elenco: Daniel Craig, Rachel Weisz, Naomi Watts, Rachel G. Fox, Marton Csokas, Elias Koteas, Taylor Geare, Claire Geare, Jane Alexander
Distribuidora: Warner

terça-feira, 6 de março de 2012

O Testemunho - A História Secreta do Papa João Paulo II

Świadectwo * * *
Testimony

(2008) 97 min (Livre)



Você sabia que João Paulo II sofreu uma segunda tentativa de assassinato, que foi mantida em segredo? Em sua visita ao santuário de Fátima, em 1982, o papa polonês foi esfaqueado por Juan Fernandez Krohn, um sacerdote espanhol perturbado. O padre foi preso e cumpriu sentença numa prisão portuguesa, antes de ser expulso.

"O Testemunho" começa com o badalar dos sinos da Basilica de São Pedro, na praça cheia de pessoas emocionadas que prestam a última homenagem a um dos papas mais amados da história da cristandade. Seu corpo é carregado entre a multidão de fiéis que levam faixas onde se lê "Santo Subito". O documentário reconstrói a trajetória de Karol Wojtyla desde menino, no pequeno apartamento em Wadowice, onde morou com os pais e irmãos, até o dia de seu enterro, em Roma.

A história da vida de João Paulo II é narrada por Michael York e contada através dos olhos do Cardeal Stanislaw Dziwisz, secretário pessoal do Papa e amigo por quase 40 anos - 12 em Cracóvia e 27 em Roma. O filme apresenta material de arquivo, recriações dramáticas, além do depoimento de Dziwisz, que enriquece o relato com detalhes pessoais. Através dele sabemos que o Papa era indiferente à comida e tinha preferência por café e doces. Seus amigos da Polonia gostavam de lhe enviar bolo de sementes de papoula na época do Natal. O documentário emociona pelo registro de uma vida que seguiu de perto os passos de Cristo, exercitando o amor ao próximo e vivendo as virtudes de maneira heróica.

Curiosidades:
* O Cardeal Dziwisz não gostava de dar entrevistas e era chamado "O Silencioso". Depois de ser convencido a participar deste documentário, gravou 30 horas de depoimento.

* As filmagens foram feitas no Vaticano, Polonia, Itália, Alemanha e Portugal.

* Mais informações no site "Testimony".

* O filme pode ser alugado no Guimarães Vídeo ou comprado no site do Ponto Frio, por R$ 24,90 ou na Livraria Loyola, por R$ 39,80.

Diretor: Paweł Pitera
Roteiro: Gian Franco Svidercoschi, Paweł Pitera, Padre Paweł Ptasznik, baseado no livro do Cardeal Stanislaw Dziwisz ("Uma Vida com Karol" - editora Objetiva, 2007)
Música: Vangelis, Robert Janson
Fotografia: Janusz Tatarkiewicz
Distribuidora: PlayArte Home Video

segunda-feira, 5 de março de 2012

O Preço do Amanhã

In Time
(2011) 109 min (12 anos)

capas de DVD
EUA - Num futuro próximo, a ciência descobre a chave para a imortalidade. Mas, neste mundo, apenas os ricos vivem para sempre, porque tempo é dinheiro. Quando um jovem pobre é falsamente acusado de assassinato, ele precisa descobrir um modo para destruir o sistema e roubar tempo suficiente para viver mais um dia - ou morrer tentando. (capa do DVD)

Aluguei O Preço do Amanhã em blu-ray, o que me obriga a assistir na sala, junto com a família quase toda reunida. Isso resulta numa sessão tumultuada, com muitos comentários e algumas interrupções. Um não se controla e solta: "Mas isso é absurdo, não é nada lógico!", seguido de um "Não estou entendendo nada...". Pausa, explicações, debates, retoma-se o filme. 

O resultado é engraçado, uma confraternização gostosa, mas prejudica a imersão necessária para me jogar completamente dentro da ação. Atrapalhou minha avaliação deste filme. Achei a história interessante, com um visual impecável (figurinos de Collleen Atwood e fotografia de Roger Deakins).  Admiro o diretor Andrew Niccol desde Gattaca - uma Experiencia Genética - essa sim, uma obra NOTA DEZ - mas desta vez não consegui me envolver o suficiente. E a turma de casa não gostou. Se a culpa é da platéia tagarela, do roteiro, do elenco ou da direção, não sei dizer. Julguem vocês que se aventurarem por esse mundo futurista. Por essas e outras, prefiro ver os filmes especiais, muito esperados, sozinha. Só depois assisto junto com meus queridos cinéfilos familiares.


Diretor: Andrew Niccol
Roteiro: Andrew Niccol
Musica: Craig Armstrong
Fotografia: Roger Deakins (Bravura Indômita, Um Homem Sério, O Leitor, Dúvida, Onde os Fracos Não Têm Vez, A Vila, Um Sonho de Liberdade)
Elenco: Justin Timberlake, Amanda Syfried, Cillian Murphy, Olivia Wilde, Matt Bomer, Bella Heathcote, Vincent Kartheiser
Distribuidora: 20th Century Fox
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

banner