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quarta-feira, 30 de junho de 2010

Capitalismo: uma História de Amor

Capitalism: a Love Story * *
(2009) 127 min (18 anos)



EUA - Michael Moore continua afiado na sua crítica e humor. O documentário inicia com um filminho da BBC sobre o Império Romano, onde são intercaladas cenas da América contemporânea. Uma América próspera, sem a competição de Alemanha e Japão. Quando a situação muda, e o sonho americano ameaça virar pesadelo, Wall Street e as grandes Corporações aliam-se aos políticos, concentrando o dinheiro nas mãos de poucos e deixando os mais vulneráveis sem casa, emprego e assistência de saúde.

Assim como mostrou, em "Sicko", as mutretas dos seguros de saúde, em "Capitalismo - uma história de amor", Michael revela tramóias dos executivos das grandes empresas. Conseguem aprovação de medidas favoráveis, concedendo financiamentos privilegiados a congressistas e juízes. Fazem seguro para os empregados, nos quais a empresa é beneficiária. Valendo-se de dificuldades nas instituições financeiras, arrancam dinheiro do governo e dão bonificações para os altos executivos, enquanto os pobres perdem suas casas e fazendas.

Um acordo entre juízes e empresa privada, levou à prisão jovens que cometeram pequenas infrações. Um deles foi preso por ter atirado um bife no padrasto! Os carcereiros decidiam se os internos seriam libertados ao final da pena ou se cumpririam uma extensão. Chocante. Imprescindível assistir aos Extras. Há um admirável pronunciamento do ex-presidente Jimmy Carter, entrevista com Michael Pollan (autor de "O Dilema do Onívoro") e depoimento de pessoas que encontraram alternativas exequíveis e mais humanas para solucionar problemas de moradia.

A ganância precisa sair de moda, e ser substituída pelo capitalismo responsável, que respeita o consumidor, trata o empregado como parceiro e protege o meio ambiente. Essa visão dá lucro! Para ser verdadeiramente uma democracia, um país precisa facilitar a vida dos pequenos e médios empreendedores, que são os que mais criam empregos, além de proteger os cidadãos mais frágeis. Saúde, educação de qualidade, moradia e segurança para todos!

Diretor: Michael Moore
Roteiro: Michael Moore
Música: Jeff Gibbs
Fotografia: Daniel Marracino, Jayme Roy
Aparecem no documentário: Franklin Delano Roosevelt, Michael Moore, Ronald Reagan, Joseph Stalin, Jimmy Carter, Elijah Cummings, John McCain, Sarah Palin, Barack Obama, George W. Bush, Arnold Schwarzenegger, Bill Clinton, Bela Lugosi, Martin Luther King

8 comentários:

Bruno Cunha disse...

O que admiro em Moore é a sua coragem e não tem papas na língua!

Abraço
Cinema as my World

Stella disse...

Deus conserve por muito tempo!

bruno knott disse...

O Moore é excelente no que faz. Os documentários dele conseguem discutir com bons argumentos sobre diversos assuntos e sempre com um tom ironico, agradável de ser ver.

Claro que vez ou outra ele pode forçar a barra para nos fazer concordar com ele, mas isso não diminui a qualidade dos seus filmes.

Quero ver esse em breve.

David Martins disse...

Apesar de não gostar tanto deste como de Sicko ou Bowling for Columbine, ainda é um excelente documentário, assumidamente parcial e que nos deixa muitas perguntas na cabeça...

Stella disse...

Bruno Knott: É difícil manter a neutralidade, sobretudo em assuntos palpitantes. Mas se houve mérito nos movimentos socialistas foi o de amansar o capitalismo selvagem. A eficiência empresarial precisa incluir o cuidado social.

Stella disse...

David: O que me ficou na cabeça foi a esperança de que não copiássemos tanto o modelo americano aqui no Brasil, e nos aproximássemos mais da estrutura de governo européia.

Queria até uma restauração da monarquia, parlamentarista, é claro! Achei tão simpática a Rainha Sofia cumprimentando o time espanhol... :-)
Um abraço.

David Martins disse...

Stella: infelizmente aqui na Europa vai-se assistindo a tentativas de aproximar o nosso sistema do americano, para beneficiar certas instituições e não os utentes.
E não podia discordar mais sobre a monarquia, já temos sanguessugas que chegue num sitio chamado Assembleia da República, não precisamos de pagar mordomias a mais gente :-) Abraço!

Stella disse...

Ah David, uma família real representa o país por muito menos do que os sanguessugas da república. E ainda aumenta o charme para os turistas. Já tinha até um belo candidato a rei... ;-)

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