Lista de sugestões de filmes interessantes. Cada postagem traz foto, breve sinopse, censura, diretor, distribuidora, elenco, responsáveis pelo roteiro, musica e fotografia. Com o eterno deslumbramento de fã apaixonada, By Star Filmes acredita que o cinema emociona, ensina e é a melhor diversão.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A Órfã

Orphan *
(2009) 122 min (18 anos)



EUA - Kate Coleman tem pesadelos desde que perdeu o bebê. Largou seu trabalho como professora de música em Yale e dedicou-se à casa e à família. Peter apoia sua idéia de adotar uma órfã a quem possam legar o amor que já sentiam pela filha não-nascida, Jessica. A escolha recai sobre uma educada menina de 9 anos, internada em uma instituição dirigida por freiras. Esther veio da Russia, prefere pintar a brincar com as outras crianças e sabe dizer tudo o que os adultos gostam de ouvir. Os Coleman imaginam que ela será uma boa companhia para o casal de filhos, Daniel e a caçula Max. Informada de que a pequena é surda-muda, Esther logo se interessa em aprender a linguagem de sinais. Tudo parece tão ideal e perfeito, mas sabemos que não será sempre assim, afinal, pela capa do filme, o olhar sinistro da órfã é evidente.

Jaume, diretor catalão radicado em Hollywood, manteve um clima de suspense contínuo, pontilhado de sustos, que nunca sabemos de onde vêm. As duas meninas se destacam no elenco: Aryana, que na realidade tambem é surda, e Isabelle, como a malévola Esther. Eu ainda estou com medo. Ainda bem que não durmo sozinha.

Curiosidades:
* No roteiro original Esther deveria ter a pele clara, feições delicadas e cabelo louro prateado. Isabelle Fuhrman não combina com a descrição, mas os produtores ficaram tão bem impressionados com seu teste que a escolheram mesmo assim. A pequena atriz nasceu em 25 de fevereiro de 1997. A gravação do filme começou no final de 2007, quando Isabelle estava com 10 anos.

* O filme foi todo gravado no Canada.

Diretor: Jaume Collet-Serra
Roteiro: David Johnson, baseado em história de Alex Mace
Música: John Ottman
Fotografia: Jeff Cutter
Elenco: Vera Farmiga, Peter Sarsgaard, Isabelle Fuhrman, CCh Pounder, Jimmy Bennett, Aryana Engineer, Rosemary Dunsmore

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O Silêncio de Lorna

Le Silence de Lorna * *
(2008) 105 min (14 anos)



Bélgica - Lorna é uma bonita morena que passa roupas numa lavanderia, onde só trabalham mulheres, cujos nomes não são importantes, elas não interferem em sua vida. Divide o apartamento com o importuno Claudy, a quem impõe algumas regras. Mulher de poucas palavras, decidida, a solitária Lorna tem 2 objetivos: obter a cidadania belga e aumentar a poupança no banco para realizar um sonho. Fora do emprego, ela só se relaciona com homens. As ações de Claudy, Sokol, Fabio, Andrei e Spirou mudarão o curso da vida da bela albanesa.

"O Silêncio de Lorna" é um filme inquietante. Os diretores não têm pressa em fornecer informações; vão deixando as belas imagens construirem a história, enquanto nossa mente age, coletando os indícios que podem ligar as peças do quebra-cabeça. Minha primeira dúvida foi quanto à nacionalidade de Lorna, pois seu francês trazia um sotaque carregado. Não queria ler sinopses reveladoras demais, que frequentemente entregam as surpresas de um roteiro bem elaborado. Mas não me lembrava de já ter ouvido aquela língua, semelhante ao russo e mais suave.

Só quase ao final descobre-se que Lorna veio da Albânia, da cidade de Gamsh. Resolvida essa dúvida, é possível se concentrar em detalhes mais relevantes desse filme forte, humano, cheio de questões éticas. Por isso assisti de novo e ficarei muito atenta às outras produções dos irmãos Dardenne. Linda fotografia e maravilhoso o desempenho do elenco, especialmente Arta (Lorna) e Jérémie (Claudy). O filme ganhou o prêmio de melhor roteiro no Festival de Cannes.

Diretores: Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
Roteiro: Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
Fotografia: Alain Marcoen
Elenco: Arta Dobroshi, Jérémie Renier, Fabrizio Rongione, Alban Ukaj, Anton Yakovlev, Morgan Marinne, Olivier Gourmet

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Max Manus - O Homem da Guerra

Max Manus *
(2008) 118 min (14 anos)



Noruega - Maximo Guillermo Manus (1914-1996) foi um jovem patriota norueguês cheio de energia e coragem. Quando os comunistas invadiram a Finlândia, apresentou-se como voluntário para combatê-los. De volta a seu país, juntou-se à resistência para expulsar os alemães. Depois de ser feito prisioneiro pela polícia nazista, fugiu espetacularmente, graças à ajuda do médico que o tratava. Num campo escocês, Max recebeu treinamento em sabotagem e retornou à Noruega. De barco a remo ou bicicleta, empreendeu várias missões contra as forças de ocupação.

Destemido ante o perigo, Max desmoronou em tempos de paz, tendo perdido quase todos os amigos na luta contra o inimigo. Foi difícil comemorar a vitória sem os antigos companheiros.

"Max Manus" foi escolhido para representar a Noruega no Oscar 2010, como Melhor Filme de Lingua Estrangeira. Mesmo que não esteja entre os 5 finalistas, vale a locação. Há uma boa reconstituição de época, figurino cuidado, belas locações, ação e suspense. O roteiro baseou-se em dois livros escritos pelo condecorado norueguês.



Maximo Guillermo Manus

Diretor: Joachim Ronning, Espen Sandberg
Roteiro: Thomas Nordseth-Tiller
Música: Trond Bjerknes
Fotografia: Geir Hartly Andreassen
Elenco: Aksel Hennie, Agnes Kittelsen, Nicolai Cleve Broch, Ken Duken, Christian Rubeck

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Tudo por Prazer

Tout pour Plaire *
(2005) 109 min (12 anos)



França, Paris - Marie, Florence e Juliette são amigas de infância. A gentil Marie é médica num hospital público, mãe de 2 crianças, casada com Pierre, um pintor bem-humorado que não vende quadros. Florence cria campanhas publicitárias numa agência de propaganda, onde o chefe é tirânico. Ela e o filho pequeno pouco vêem o marido, um homem de negócios que está sempre ausente, mesmo quando presente. A audaciosa advogada Juliette ainda procura companhia e gasta acima do limite do seu crédito, numa tentativa de impressionar os possíveis candidatos.

As três são felizes quando se encontram e podem ser elas mesmas e conversar sobre sonhos e frustrações. Na verdade, homens ou mulheres, todos desejam companhia, ser compreendidos e apoiados. Ou quase todos, alguns privilegiam inicialmente segurança ou conforto. Mas, garantida a comodidade, voltam-se para a necessidade básica do ser humano: o verdadeiro Amor.

"Tudo por Prazer" é uma tradução pouco fiel à história. "Tudo para Agradar" seria um título menos comercial, mas bem mais adequado. As 3 mulheres fazem muitas concessões para manter os companheiros satisfeitos. Entre os ingredientes de um verdadeiro Amor não podem faltar sinceridade, comunicação e reciprocidade. O filme pode agradar sobretudo às mulheres de mais de 30 anos, idade aproximada das 3 personagens.

Diretor: Cécile Telerman
Roteiro: Jérôme Soubeyrand, Cécile Telerman
Música: Adrien Blaise
Fotografia: Matthieu Poirot-Delpech
Elenco: Mathilde Seigner, Anne Parillaud, Judith Godrèche, Mathias Mlekuz, Pascal Elbé, Thierry Neuvic, Pascal Elso, Bernard Yerlès, Marc Citti

sábado, 23 de janeiro de 2010

Substitutos

Surrogates *
(2009) 89 min (14 anos)



"Olhem para si mesmos. Desconectem-se de suas cadeiras, levantem-se e olhem no espelho. O que estão vendo é como Deus os fez. Não fomos feitos para vivenciar o mundo através de uma máquina."

EUA - Que tal vestir roupas confortáveis, ficar deitado numa poltrona macia, e mandar um robô super-eficiente e ágil fazer todas as suas tarefas, agradáveis e desagradáveis? A idéia parece especialmente tentadora para quem sofre de ansiedade, depressão, teme a violência urbana ou a contaminação por vírus e bactérias. Basta comprar um andróide, personalizar com o melhor de suas próprias feições e deixar-se ficar em casa, controlando mentalmente as ações de seu avatar.

O efeito secundário será um humano com fraqueza muscular e uma aparência desmazelada. Mas isso não parece incomodar os proprietários dos substitutos de feições eternamente jovens, belas, e corpos saudáveis. Eles são 98% da humanidade. Morando separadas, em reservas, estão as pessoas que se recusam a conviver com as máquinas substitutas.

A queda absoluta nas taxas de violência apoia o novo estilo de vida. Por isso, quando um estudante universitário e sua acompanhante são assassinados, o agente do FBI Thomas Greer não hesita em arriscar-se no mundo real para solucionar o mistério. Tom já experimentava os efeitos da solidão entre 4 paredes e ansiava pelo contato humano.

A trama de "Substitutos" é bem armada, apoiada por bons efeitos especiais e questionamentos instigadores sobre as consequências dos excessos na convivência virtual e da obsessão pela aparencia perfeita. A diferença entre os belíssimos robôs e seus desgastados proprietários lembra o romance "O Retrato de Dorian Gray", de Oscar Wilde. O vaidoso Dorian buscava todos os prazeres, e seus vícios refletiam-se apenas em seu retrato, enquanto ele permanecia sempre jovem e belo. Já os humanos de "Substitutos", vítimas de comodismo e pavor ao sofrimento, envelhecem e perdem a vitalidade, enquanto seus robôs mantem o corpo perfeito. Qualquer das opções é o suprassumo da decadência.

Diretor: Jonathan Mostow
Roteiro: Michael Ferris & John Brancato, baseado nas histórias em quadrinho de Robert Venditti e Brett Veldele
Música: Richard Marvin
Fotografia: Oliver Wood
Elenco: Bruce Willis, Radha Mitchell, Rosamund Pike, Boris Kodjoe, James Cromwell, James Francis Ginty, Ving Rhames, Michael Cudlitz

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Um Amor de Verão

Middle of Nowhere *
(2008) 95 min (16 anos)



EUA - Dorian Spitz é o filho adolescente mimado e rebelde de uma família rica que não sabe mais o que fazer com ele. Decidem enviá-lo a uma cidade pequena para passar o verão com o tio. Dorian não poderá dirigir nenhum carro e terá que trabalhar como atendente num parque aquático. Lá ele conhece Grace, uma jovem que sonha ser médica, mas não tem dinheiro para pagar a universidade. O pai se suicidou e a mãe, Rhonda, já deve mais de 37 mil dólares no cartão da filha. O crédito de Grace está arruinado.

Com um salário de 4 dólares por hora, parece pouco provável que Grace consiga economizar os 12.000 necessários para o primeiro semestre na faculdade. Dorian lhe faz uma proposta para conseguir dinheiro fácil. A jovem conseguirá resistir? Poderá perdoar a mãe por todas as escolhas erradas? Está preparada para reconhecer um afeto verdadeiro?

De nada adianta carregar às costas os problemas emocionais do passado. Perdoar quem nos magoou, agir com assertividade e seguir adiante, criando relacionamentos mais significativos é a melhor solução. Pode ser um longo aprendizado para quem não teve esse modelo desde criança, mas compensa.

"Um Amor de Verão" tem elenco eficiente e prende a atenção.

Diretor: John Stockwell
Roteiro: Michelle Morgan
Música: Ferraby Lionheart
Fotografia: Byron Shah
Elenco: Eva Amurri, Anton Yelchin, Susan Sarandon, Justin Chatwin, Willa Holland

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Mãos Talentosas - A História de Ben Carson

Gifted Hands *
(2009) 90 min (12 anos) feito para TV



EUA - "Benjamin Solomon Carson nasceu em Detroit, Michigan, em 18 de setembro de 1951. Sua mãe, Sonya Carson, largou a escola no terceiro ano e casou-se com Robert Solomon Carson, um ministro batista do Tennessee bem mais velho do que ela, que tinha apenas 13 anos. Quando Carson estava com 8 anos, os pais se separaram. Mrs. Carson ficou sozinha para cuidar de Benjamin e seu irmão mais velho, Curtis. Ela trabalhava em 2, e às vezes 3 empregos, para sustentar seus meninos.

No início Carson experimentou dificuldades na escola, eventualmente tornando-se um dos últimos da turma. Ele passou a ser ridicularizado e desenvolveu um temperamento violento, que tinha dificuldade de controlar. Determinada a mudar o comportamento do filho, a mãe de Carson limitou as horas que o menino passava diante da TV. Exigiu que retirasse 2 livros por semana na biblioteca e fizesse um resumo por escrito de cada um. As notas de Carson começaram a mudar. "Nesse momento eu percebi que não era estúpido", ele lembrou depois.

Carson formou-se com louvor no Ensino Médio e ganhou uma bolsa para a Universidade de Yale, onde graduou-se em Psicologia. De Yale, ele passou para a Escola de Medicina da Universidade de Michigan, onde seu interesse mudou de psiquiatria para neurocirugia. " (Wikipedia)

"O Dr. Ben Carson entrou para a história da medicina no ano de 1987 ao separar gêmeos siameses unidos pela cabeça. Atualmente, Carson é diretor da Divisão de Neurocirurgia Pediátrica do Hospital Johns Hopkins, em Baltimore, Maryland." (Casagrande's blog)

"Mãos Talentosas" conta essa história de superação de dificuldades a partir do apoio de uma devotada mãe. A senhora Carson insistiu para que os filhos tivessem oportunidades que ela não teve. Ajudou-os a expandir a imaginação, inteligência, confiança em si mesmo e em Deus, acima de tudo. É um desses exemplos de vida que merece ser divulgado.  Dr. Carson criou uma fundação que financia salas de leitura e premia alunos que se distinguem nos estudos. Faça uma visita virtual à Carson Scholars Fund e assista um vídeo narrado pelo simpático e talentoso doutor.  Para conhecer o pensamento do médico americano sobre o trabalho mais importante do mundo, leia aqui. (texto traduzido para o português) Para adquirir o filme, clique aqui.


Cuba Gooding Jr e Dr. Ben Carson

Diretor: Thomas Carter
Roteiro: John Pielmeier
Música: Martin Davich
Fotografia: John B. Aronson
Elenco: Cuba Gooding Jr., Kimberly Elise, Jaishon Fisher, Tajh Bellow, Geoffrey Beauchamp
Distribuidora: Sony Pictures          

Se Beber, Não Case!

The Hangover * *
(2009) 97 min (14 anos)



EUA - Numa bela mansão da California, começam os preparativos para a festa de casamento. Na sala, uma noiva tensa é confortada pelos parentes, enquanto se conjectura onde estará Doug. Faltam 5 horas para a cerimônia e o futuro marido, ou seus 3 acompanhantes, não deram notícias depois da despedida de solteiro em Las Vegas. Tracy está ao lado do telefone e atende imediatamente quando Phil liga. De uma estrada empoeirada, no meio do deserto de Nevada, ele avisa que o casamento não vai acontecer. O noivo sumiu.

A noite começara luxuosamente, numa suite do Ceasars Palace, em Las Vegas. Do alto do terraço do hotel, Phil, Stu, Alan e Doug brindam com licor alemão esse momento de confraternização, que iria ligá-los para sempre. "O que acontece em Vegas, fica em Vegas". Na manhã seguinte, os amigos despertam em meio a um cenário de devastação e descobrem novidades nos aposentos da suite, mas Doug desapareceu. Ninguém lembra de nada, por onde começar?

A comédia é boa demais, embora venda essa idéia tresloucada de que vale tudo em despedidas de solteiros! Quando as primeiras imagens elegantes mostraram uma cerimônia sofisticada ao som de "It's Now or Never", pressenti que algo especial estava por vir, depois de assistir vários filmes indiferentes ou ruins. "Se Beber, não Case!" tem ritmo, ótima seleção de elenco, bom roteiro, direção segura e locações de primeira. A ação acontece na Vegas real, nada foi construído em estúdio. O filme recebeu o prêmio de Melhor Comédia na cerimônia do Globo de Ouro de 2010.

No final tudo se explica, mas resta uma dúvida: e a galinha?

Diretor: Todd Phillips
Roteiro: Jon Lucas & Scott Moore
Música: Christophe Beck
Fotografia: Lawrence Sher
Elenco: Justin Bartha, Zach Galifianakis, Bradley Cooper, Ed Helms, Heather Graham, Sasha Barrese, Jeffrey Tambor, Rachael Harris, Myke Tyson, Ken Jeong, Mike Epps

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A Verdade Nua e Crua

The Ugly Truth
(2009) 96 min (14 anos)



EUA - A esforçada Abby Richter produz um dos programas de mais baixos índices de audiência na televisão, em Sacramento. Numa tentativa de melhorar a situação, seu chefe contrata Mike Chadway, um apresentador grosseiro e popular que só abre a boca para chocar o público. Abby sente-se ofendida e rebaixada, pois precisa agradar Mike, quando tudo o que mais queria era livrar-se dele.

"A Verdade Nua e Crua" tem seus momentos de humor, graças ao talentoso elenco. Eles valem a locação, embora você já anteveja tudo o que vai acontecer... Bree Turner, como assistente de Abby, e a impagável Cheryl Hines, como a apresentadora Georgia, se juntam a Katherine Heigl e Gerard Butler para dar vida a um texto sem criatividade, infelizmente escrito por tres mulheres. O escocês, que já foi Rei Leônidas e Fantasma da Ópera, está completamente à vontade como o debochado Mike Chadway.

Diretor: Robert Luketic
Roteiro: Nicole Eastman e Karen McCullah Lutz & Kirsten Smith
Música: Aaron Zigman
Fotografia: Russell Carpenter
Elenco: Gerard Butler, Katherine Heigl, Bree Turner, Cheryl Hines, Eric Winter, John Michael Higgins, Noah Matthews

domingo, 17 de janeiro de 2010

Lunar

Moon * *
(2009) 97 min (14 anos)



Sam Bell vai completar seu contrato de tres anos com a empresa Lunar Industries, que fornece 70% da energia limpa gasta na Terra, minerando helium-3 no lado escuro da Lua. A única companhia de Sam é Gerty, o solícito computador da base. O prolongado isolamento parece já estar afetando o equilíbrio do astronauta. Seu contato com o mundo exterior limita-se às mensagens da esposa Tess e da filhinha Eve, enviadas por satélite. Sam anseia pela volta ao lar, mas um acidente, duas semanas antes do regresso à Terra, atrapalha seus planos e o leva a uma descoberta perturbadora. A nave de resgate Eliza se aproxima e algumas decisões precisam ser tomadas.

O ambiente de "Lunar" é bonito, nem tão asséptico quanto 2001, nem tão sombrio quanto a nave Nostromo de Alien. O filme é mais modesto do que outros do gênero, mas funciona bem, sobretudo pelo trabalho de Sam Rockwell, como o solitário astronauta, e o talento de Kevin Spacey, que empresta a voz ao computador Gerty. No mais, se presta a uns bons debates sobre ética e humanidade.

Diretor: Duncan Jones
Roteiro: Nathan Parker, baseado em história de Duncan Jones
Música: Clint Mansell
Fotografia: Gary Shaw
Elenco: Sam Rockwell, Kevin Spacey (voz), Dominique McElligott, Rosie Shaw, Adrienne Shaw, Kaya Scodelario

sábado, 16 de janeiro de 2010

Globo de Ouro no Cinedica



Domingo, dia 17 de janeiro, o site Cinedica vai abrir um espaço para comentários on line durante a 67ª premiação do Globo de Ouro. O canal TNT transmite de Los Angeles a cerimônia ao vivo, às 22h. Quem estiver interessado em participar do bate-papo, é só clicar no link do site, a partir das 22h, de amanhã. A lista de candidatos ao prêmio está aqui. O Golden Globe Award é uma prévia do Oscar. Até lá.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

O Misterio de Natalee Holloway

Natalee Holloway
(2009) 87 min (14 anos) feito para TV



EUA - Natalee Ann Holloway era aluna e filha modelo. Tinha boas notas e ótimo relacionamento com a família, escolheu a medicina como carreira, não bebia, pois aos 18 ainda não é permitido consumo de álcool em alguns estados americanos. Como prêmio de formatura no Ensino Médio, ganhou uma viagem de 5 dias para Aruba com sua turma do colégio. Aí soltou as amarras e divertiu-se como tantos outros jovens em férias, bebendo excessivamente, dançando em bares e boates. Na véspera da volta para casa arriscou-se e pegou carona com um rapaz local de boa aparência. As férias tão sonhadas transformaram-se em pesadelo. Elizabethy Holloway Twitty precisou esperar mais de 4 anos para ter uma idéia do destino da filha. O filme baseia-se no livro escrito pela mãe, "Loving Natalee".

Desde o desaparecimento de Natalee, Bethy tem dado palestras em escolas americanas, alertando os estudantes sobre cuidados básicos para garantir seu retorno seguro ao lar. O principal é planejar a volta cuidadosamente e não alterar o que foi combinado. Não entrar sozinho no carro de estranhos é outra, claro. Quem bebe além do seu limite, perde a capacidade de cuidar da própria segurança ou dos amigos. Isso vale para saídas em qualquer lugar do mundo.


Bethy Holloway Twitty

Natalee vivia num ambiente protegido em Mountain Brook, Alabama, entre pessoas que zelavam por seu bem-estar. Não estava preparada para conviver com personalidades predadoras ou indiferentes. Joram van der Sloot pode não ter assassinado Natalee, mas omissão de socorro já constituiria crime. Educar é difícil; prestar atenção em casos como esse ajuda pais e sociedade a preparar melhor seus jovens e instituições.

A prontidão nas buscas salva vítimas de sequestro e violência. Nos EUA e Canadá existe o Amber Alert, um projeto que notifica imediatamente a comunidade sobre o desaparecimento de crianças, através de faxes, e-mail, rádio, celulares, televisão, internet. Alcança os canais de Rádio, TV, Imprensa, Delegacias, Correio, Bombeiros, Companhias Telefônicas, Loteria Estadual, Companhias de Transporte, e público em geral. Para nós ainda é um sonho, mas exequível. O projeto americano resultou da iniciativa da mãe de Amber Hagerman, raptada no Texas em 1996, aos 4 anos de idade.



Diretor: Mikael Salomon
Roteiro: Teena Booth, baseado no livro de Beth Holloway
Música: Christopher Ward
Fotografia: Paul Gilpin
Elenco: Amy Gumenick, Jacques Strydom, Tracy Pollan, Sean Cameron Michael, Sean Higgs, Grant Show, Catherine Dent, Natasha Loring

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Christo Redemptor

Christo Redemptor * *
(2005) 29 min (Livre)



«Muita calma pra pensar e ter tempo pra sonhar, da janela vejo o Corcovado, o Redentor, que lindo!»

Rio de Janeiro - O curta-metragem abre com a voz de Chico Buarque, cantando "Corcovado" ao violão, e reune imagens de arquivo e depoimentos de pessoas que testemunharam a inauguração da estátua que é a cara do Brasil, em 12 de outubro de 1931. O responsável pelo projeto da imagem símbolo do Rio, considerada como uma das 7 Maravilhas do Mundo Moderno, foi o engenheiro brasileiro Heitor da Silva Costa, bisavô da diretora Bel Noronha. O desenho final do monumento é de autoria do artista plástico Carlos Oswald e a execução da escultura é responsabilidade do estatuário francês Paul Landowski. Em setembro de 1923 organizou-se a Semana do Monumento, uma campanha nacional para arrecadação de fundos para a construção da obra de 1.174 toneladas.

Alguém escreveu que ser carioca é procurar o Cristo em cada janela. Além da beleza do rosto revestido de pedra-sabão do Redentor, seus braços abertos parecem acolher e abençoar a todos. Quando vi o DVD "Christo Redemptor" entre as prateleiras da Livraria Argumento, dei uma rápida conferida no preço (R$ 29,00) e não soltei mais, pois parecia o último. Hoje me congratulo por essa compra impulsiva e já estou sonhando com sua versão ampliada, "De Braços Abertos", também produzido por Bel Noronha. Espero que chegue antes da imagem completar 80 anos.



Diretora:
Bel Noronha
Roteiro: Bel Noronha
Música: João Nabuco
Fotografia: Alberto Bellezia, Marcelo Pontes

O Sequestro do Metrô 1 2 3

The Taking of Pelham 1 2 3
(2009) 106 min (14 anos)



EUA, Manhattan - Quatro homens armados sequestram o trem do metrô que saiu da estação Pelham Bay Park, à 1:23 da tarde. O líder do grupo pede para negociar com Walter Garber, o supervisor responsável pela linha. Ryder exige 10 milhões de dólares da cidade de Nova Iorque no espaço de uma hora, ou começará a executar os refens. O prefeito concorda com o pagamento e a equipe do metrô começa a desconfiar do motivo que leva os sequestradores a negociarem apenas com Garber, que está sendo investigado por suspeita de receber suborno.

Um dos passageiros deixa ligado seu laptop, transmitindo para a namorada as imagens do que se passa durante o sequestro, através da webcam. A moça reenvia a transmissão para um canal de TV local. O circo está armado.

São sensacionais os efeitos especiais de "O Sequestro do Metrô 1 2 3". Tudo o mais é apenas correto. Se as expectativas se mantiverem baixas, vale a diversão, e o trabalho de lavar a panela de pipoca. Hoje em dia, tendo a esperar demais de um filme que tenha Denzel e Travolta no elenco, isso pode ser fatal ao avaliar esta obra de Tony Scott.

Diretor: Tony Scott
Roteiro: Brian Helgeland, baseado no livro de John Godey
Música: Harry Gregson-Williams
Fotografia: Tobias Schliessler
Elenco: John Travolta, Denzel Washington, Luis Guzmán, John Turturro, James Gandolfini

domingo, 10 de janeiro de 2010

Intervalo



Vou passar uns dois dias longe de casa e da locadora. Como sugestões interessantes para esse breve período, deixo "Avatar", que vale a pena ser visto em 3D e legendado, é claro, em respeito ao trabalho dos artistas e nossa sensibilidade. O visual é belíssimo, a história traz alguns clichês mas também mensagem importante para nossa sobrevivência como espécie: cuidaremos das gerações futuras ao preservar a natureza e o legado de nossos ancestrais.



Para os que preferem quedar-se em casa, "Família Soprano" (The Sopranos), criação do escritor David Chase, pode ser uma boa pedida. Fui extremamente relutante nesta primeira experiência com seriados. O paciente Tomás, funcionário da locadora, estudante de Cinema e diretor de curta premiado, explicavas virtudes da produção da HBO e eu resistia. Quando finalmente concordei em alugar a primeira temporada, antipatizei com a prole do mafioso de Nova Jersei e com os personagens em geral. Só gostei da música de abertura ("Woke Up This Morning", da banda inglesa Alabama 3). Insisti e, aos poucos, Tony e Carmela Soprano foram me interessando e agora estou fisgada. Voltando para casa já vou pedir a terceira temporada, espero que esteja disponível! Até muito breve, se Deus quiser.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Laura

Laura * *
(1944) 87 min (14 anos) preto e branco



EUA - Laura Hunt foi assassinada em seu apartamento em Nova Iorque. O detetive Mark McPherson está encarregado das investigações. Os primeiros suspeitos da lista são Waldo Lydecker, jornalista famoso de meia-idade, e Shelby Carpenter, o oportunista noivo da vítima. Aos poucos o investigador McPherson vai percebendo a enorme influência que Laura exercia sobre as pessoas, à qual ele mesmo não está imune.

O mês de janeiro é de poucos lançamentos na locadora e vários no cinema, aproveitando a proximidade da premiação do Oscar. Para quem se diverte em casa, torna-se uma época propícia para ver ou rever filmes mais antigos. "Laura" é um clássico, notável pela direção, roteiro, diálogos, fotografia, desempenho do elenco, com destaque para Clifton Webb como o impertinente e elegante Waldo Lydecker, e Gene Tierney, como a suave e inesquecível Laura.

Achei engraçado encontrar Vincent Price num papel de galã romântico, pois só me lembrava de sua presença nos filmes de terror, como majestoso narrador ou personagem vingativo, de bigodinho fino. Isso influenciou minha visão de Shelby Carpenter, a quem vi como suspeito desde o primeiro minuto na tela. Puro preconceito. No final da carreira, Vincent apresentou programas culinários na TV e participou de "As Baleias de Agosto" e "Eduardo Mãos-de-Tesoura", onde aparece como um bondoso inventor. Formado em História da Arte em Yale, fundou a Vincent Price Gallery no campus da East Los Angeles College. Um homem de múltiplos interesses.


Diretor: Otto Preminger
Roteiro: Jay Dratler e Samuel Hoffenstein e Betty Reinhardt, baseado na obra de Vera Caspary
Música: David Raksin
Fotografia: Joseph LaShelle
Elenco: Gene Tierney, Dana Andrews, Clifton Webb, Vincent Price, Judith Anderson

A Mulher Invisivel

A Mulher Invisível
(2009) 105 min (14 anos)



Pedro Albuquerque de Morais é um marido apaixonado, do tipo que leva rosas vermelhas para a esposa. Mas ela não está satisfeita com uma vida tão perfeita. Arranja um namorado alemão e se manda. Pedro cai em depressão, até conhecer a maravilhosa Amanda. Ela é linda, inteligente, carinhosa, compreensiva e gosta de futebol! Os dois se apaixonam imediatamente. Recuperado da decepção amorosa, Pedro volta ao escritório, onde trabalha como eficientíssimo controlador de trânsito.

No apartamento ao lado, o marido é o oposto: um policial machão, calado, que mal olha a esposa ao chegar em casa, se aboletando diante da TV. A desolada Vitória sabe tudo o que acontece na casa de Pedro. A parede fina deixa vazar o som da sala de Pedro para sua cozinha e assim ela vai se inteirando dos detalhes da vida amorosa do romântico incurável.

Pedro costuma dar carona para um colega de trabalho. Carlos levanta dúvidas quanto à perfeição de Amanda. Ela não tem um passado? Quando ela some, para onde vai? Amanda é boa demais para ser verdade. Não existe mulher ideal.

"A Mulher Invisível" tem bom ritmo, elenco eficiente; é agradável, embora um tanto previsível.

Diretor: Cláudio Torres
Roteiro: Cláudio Torres
Música: Luca Raele, Maurício Tagliari
Fotografia: Ralph Strelow
Elenco: Selton Mello, Luana Piovani, Fernanda Torres, Marcelo Adnet, Vladimir Brichta, Maria Manoella

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Pequenas Histórias

Pequenas Histórias
(2007) 79 min (Livre)



Brasil - Na varanda do sítio, uma simpática senhora costura uma toalha com retalhos de pano, ao mesmo tempo em que nos conta quatro histórias pitorescas: "O casamento do pescador com a sereia, o coroinha de uma igreja que vê a procissão das almas, o encontro entre um Papai Noel de loja e um menino de rua e as aventuras de Zé Burraldo - sujeito ingênuo que sempre se deixa levar pelos outros - são as quatro histórias, que retomam a tradição oral especialmente presente no Estado de Minas Gerais. " (Guia Folha)

Foi o filme que escolhi para desanuviar a mente, aterrorizada pelo "Anticristo" de Lars von Trier, que mais parece pesadelo, nascido de uma pintura de Hieronymus Bosch. A estratégia funcionou bem, pois as histórias ingênuas de Helvécio Ratton restabeleceram minha paz com o mundo. Do diretor mineiro ainda prefiro "Amor & Cia", baseado em conto de Eça de Queiroz, com Marco Nanini e Patricia Pillar, a Iara-Amélia da primeira das "pequenas histórias".

Curiosidade:
* a bordadeira Betânia Santos confeccionou seis quadros para cada história que aparece no filme.



Diretor: Helvecio Ratton
Roteiro: Helvecio Ratton
Música: André Baptista
Fotografia: Paulo Jacinto dos Reis
Elenco: Patrícia Pillar, Maurício Tizumba, Constantin de Tugny, Paulo José, Miguel de Oliveira , Gero Camilo, Mario Cesar Camargo, Rita Clemente, Rodolfo Vaz, Benjamim Abras

sábado, 2 de janeiro de 2010

Gamer

Gamer
(2009) 94 min (18 anos)



Num futuro mais ou menos próximo, os humanos estão cada vez mais prisioneiros do mundo virtual e preferem viver através de personagens, em sofisticados jogos on line. Um homen obeso pode escolher as roupas e estilo de cabelo de sua esbelta persona feminina. Um adolescente dirige a ação de Kable, o lutador mais popular de "Slayers". Nada terrível demais se esses personagens não fossem outros humanos com cérebro modificado para receber os comandos dos jogadores.

Inicialmente são os condenados do corredor da morte os protagonistas do jogo violento. O empresário Ken Castle convenceu o governo de que esse era um bom negócio, pois o dinheiro arrecadado com "Slayers" sustenta o complexo penitenciário. Se o preso sobreviver 30 jogos será libertado. Isso ainda não aconteceu, mas Kable tem boas chances, se Castle permitir, é claro. O grupo rebelde "Humanz" se organiza para defender a liberdade da espécie humana e começa a interferir no jogo.

Parece mais simples fornecer às pessoas prazeres variados do que ajudá-las a desenvolverem seus dons e se tornarem o melhor de si mesmas. Mas as consequências são sempre nocivas para o corpo e a mente de quem se submete ao comércio fácil de violência, sexo, drogas e consumismo desenfreado. "Gamer" favorece esse tipo de reflexão. Achei exagerada a censura para maiores de 18 anos. Até 16 estaria mais de acordo.

Ao final da história nem tudo fica bem explicado, mas o filme tem outros méritos, a começar pela presença de Gerald Butler. O ator escocês dá credibilidade a seus papéis, ajuda o "Kids Kicking Cancer" e ainda é um herói modesto na vida real. No intervalo das gravações de Mrs. Brown , Butler fazia um piquenique em companhia da mãe, quando ouviu os gritos de um jovem que se afogava. Imediatamente jogou-se nas águas do rio Tay e salvou a vida do rapaz. Ganhou um "Certificado de Coragem" da Royal Human Society" e comentou que só fez o que qualquer pessoa teria feito. Não é o máximo? (fonte: Wikipedia e imdb.com)

Diretor: Mark Neveldine & Brian Taylor
Roteiro: Mark Neveldine & Brian Taylor
Música: Rob Williamson, Geoff Zanelli
Fotografia: Ekkehart Pollack
Elenco: Gerald Butler, Michael C. Hall, Amber Valletta, Kyra Sedgwick, Logan Lerman, Terry Crews, Alison Lohman (de "Arraste-me para o Inferno"), Ludacris, Aaron Yoo, Milo Ventimiglia

Andy Garcia


Lendo há pouco "Negócios de Família", me encantei com a maneira de pensar do ator Andy Garcia.
Transcrevo abaixo uma pequena amostra da primeira postagem de 2010 do blog amigo:


As declarações do ator cubano-americano Andy García em uma entrevista feita por um jornal espanhol merecem ser ressaltadas. São como uma brisa fresca entre tanta intoxicação da atmosfera mental e tanta idéia falsa sobre a arte. Andy não tem papas na língua. Percebe-se, felizmente, que ele está imune ao pensamento dos que manipulam a sexualidade para as massas despersonalizadas.

Andy Garcia está casado desde 1982, tem quatro filhos com sua esposa Marivi e diz: “A paternidade é a atividade que mais me orgulha”. Andy não está disposto a sacrificar sua vida familiar pelo trabalho no cinema e reafirma: “Quando nos tornamos pais não podemos ter uma vida de nômade. Se eu tivesse aceitado todos os bo
ns papéis que me ofereceram eu teria fracassado como pai e essa seria a última coisa que eu desejaria”.

Quando lhe perguntaram por que não quer interpretar cenas de nudez nos filmes, Andy demonstrou ter um alto senso da dignidade humana, que contrasta fortemente com o que tantos filmes, revistas, fotografias e a internet se empenham em nos meter goela abaixo: “Prefiro interpretar cenas de amor, do modo mais elegante possível. Acredito que o cinema atual é óbvio e prosaico demais. Não faz meu estilo e nunca fará."

Quando a entrevistadora insiste e pergunta como seria caso o roteiro exigisse. Andy responde: “O roteiro não exige nada, é só um guia e os escritores falham muito quando escrevem essa parte. A tensão dos personagens, o jogo de olhares, isso é o que deve ser mostrado. A indústria cinema
tográfica de Los Angeles tem a falsa idéia de que são as seqüências eróticas que vendem, mas a realidade é que o que vende é um bom filme."

Para ler a postagem na íntegra é só visitar
"Negócios de Família".


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

banner